terça-feira, 5 de julho de 2011

Jeri Again

O Drinks é doido porJeri. Jeri Again.

Equipe do Drinks posa com animais
 
Pra vestir: canga e blazer, dois monstros do mundo da moda que ficam muito bem juntos.

Equipe do Driks curte o sol

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sobre coerência de discurso


Essa semana o Drink saiu na noite com a intenção de julgar o Bar Itinerante do Arlindo, reduto da boemia alencarina que atualmente tem sua sede localizada atrás de um inóspita rua paralela à Avenida Aguanambi. Afora a incoerência do estabelicimento estar localizado nas proximidades da sede da AMC, não existe nenhum outro aspecto digno de comentários no local, seja pro bem, seja pro mal. Seu grande diferencial era o Quiz que rolava toda quarta-feira na sua sede anterior (Rua Joaquim Nabuco quase esquina com Avenida Antônio Sales), mas com a mudança de vizinhança, a noite mais animada no meio do meio da semana acabou rodando.

O público é quase o mesmo do Toca do Plácido. Quitutes e bebidas não tem nada que chame muita atenção, tudo geladinho e certinho demais. Uma pracinha na frente do local completa o cenário clichê porém agradável. Devido a evidente falta de assunto a equipe do Drink desviou imediatamente o foco, deixando de lado o resumão. 

Sem comentários... pro bem ou pro mal...
 Como estamos sempre atenados com os assuntos mais polêmicos do momento e com a lembrança auxiliada por um transeunte que portava em seu veículo um paredão de som com o volume a toda altura, resolvemos discutir o movimento #baixeosompiroquinha, a nova cafonice de Fortaleza. A hastag foi criada no microblog twitter em apoio ao projeto de lei do vereador Guilherme Sampaio do PT, que tem o objetivo de proibir o uso dos tais paredões salvo algumas exceções.

Já de começo o Drink fala: somos 100% contra o paredão de som, enche o saco, é desrespeitoso, gera poluição sonora etc. Mas a questão a ser levantada não é essa!


Isso aqui ô ô... é um pouquinho de Brasil ia ia...
O assunto que o Drink traz pra roda é: não seria preconceituoso e discriminatório proibir essa manifestação cultural típica na nossa Cidade? Não seria o cafuçu dono do paredão um de nossos novos personagens típicos, talvez o nosso novo vaqueiro? Não seria o ritual de tomar todas num copo plástico tirando gelo do isopor um novo patrimônio imaterial a ser tombado?

O velho e o novo personagem. Distintos na essência, mas não menos icônicos.

Meus caros, a cultura não tem que agradar a todos e nem a maioria. A cultura nem sempre é agradável e bonita. Mas a cultura conta uma história e é retrato de uma época. Então não seria responsável preservá-la? Quem tem a autoridade de julgar o que é bom, o que é ruim e o que é descartável? Vejam bem, não estamos tratando somente da música tocada e de seu volume, estamos tratando da totalidade do ritual. O Drink acha bela a dança da capoeira mas o som do berimbau a gente considera tão irritante quanto o paredão de som.

O que a morena de flor na cabeça, a mulata de saia rodada, o universitário barbudo e a branquela de meia-calça não enxergam é que querendo ou não o cafuçu já é definitivamente um personagem da cultura regional e portanto, pelo menos teoricamente, seus rituais devem ser preservados e defendidos pelas nossas instituições culturais.

As Raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Holanda não são só sobre o Brasil das Sandras, das Clarahs e das Janaínas
O carnaval vem chegando ai com muito samba e marchinhas no Rio, muito axé em Salvador e muito neo-forró em Morro Branco. Defender o fim do paredão é defender uma homogeineização cultural. O paredão está mais na nossa raiz que o o Festival de Jazz de Guaramiranga.

O Drink meio que não põe questões e movimentos culturais em nenhum pedestal. O mundo muda assim como os gostos e as cores se transformam. 

Nosso objetivo aqui é libertar a população de qualquer discurso politicamente correto. O que queremos é além de poder falar mal sem culpa do paredão de som, é poder falar mal da capoeira, do maracatu, do jazz, do chorinho, do candomblé, do são joão, da romaria, da dança da chuva... 

Se quiser. 

Se achar necessário. 

Se não gostar.

 Sem culpa de parecer ridículo.

Sem precisar temer ser repreendido pelo seu colega do CH2. 

Liberdade!

Mayra Vasconcelos.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Entre cobras e lagartos

Depois de meses sem poder escrever devido a questões judiciais o Drink volta com toda força para dar continuidade a esse que é sem duvida o melhor projeto jornalístico dos últimos tempos da cidade de Fortaleza. Com ainda mais ousadia, os novos posts do Drink sairão semanalmente, todos os domingos, sempre trazendo uma cobertura sincera de uma opção da noite.

Sem mais conversas vamos ao que interessa. O post de reinauguração é sobre o bar que faz a cabeça da já cansada galera alternativa de Fortaleza, o Toca do Plácido.  Apesar de já existir a mais de 40 anos, o bar só entrou em evidência a cerca de um. Localizado num bairro obscuro, numa esquina obscura e com iluminação obscura, o estabelecimento segue a receita que sempre da certo entre a elite intelectual alencarina: mesa na rua, garçons simpáticos e as vezes meio bêbados, fotos com clientes nas paredes, decoração com artesanato e música ao vivo. O Drink escolheu o "toca” pra fingir que é politizado e comemorar a renúncia do ditador do Egito Hosni Mubarak.

Politizadões fazendo EGITO com as unhas da semana
 
O destaque vai para o paisagismo estilo matagal que toma conta da calçada do lugar. Provavelmente você sentará de baixo de uma trepadeira nunca podada e que abriga a comunidade de um habitat. Numa das vezes que o Drink visitou o local uma catita caiu da trepadeira em cima da mesa. O Drink gritou e correu pro meio da rua. A já cansada galera alternativa ao redor levou tudo numa boa e até achou a catita uma gracinha. Há algumas semanas uma fonte relatou para o Drink o aparecimento de uma mini-cobra em sua mesa.

Mexe qualquer coisa dentro doida, já qualquer coisa doida dentro mexe


Mas ôw besteira, o que importa é participar de um movimento, é se encaixar numa geração, é fazer parte dessa história. Sentado a beira do asfalto, com os carros passando coladinhos nas mesas o Drink pegou um guardanapo, pediu uma caneta ao garçom e começou a anotar o resumão:

Pra vestir: recomenda-se as peças com uma cara américa latina/feira hippie. Para os homens é comum o uso de chápeu modelo Panamá. Cigarro sempre na boca. Flor na cabeça também ganha pontos e compõe com a ambiencia. A galera também curte o sustentável, então se você puder, vá de bicicleta.

Será que ela mexe o chocalho ou chocalho é que mexe com ela?
 
Pra quem come em público: uma coisa o Drink não pode negar, tudo que é servido no “toca” é uma delícia, é só abstrair sua imagem mental da cozinha do estabelecimento. Destaque pra casquinha de caranguejo, super bem servida. 

Pra beber: a caipirinha com mangueira é de Deus, das melhores que o Drink provou e a cerveja tem várias mas a única que não tá faltando é a garrafa de skol de um litro, que o Drink da todo apoio. Sem dúvida o pra beber é o melhor do Toca do Plácido.

S2
 
Pra ouvir: música ao vivo com clássicos da MPB. O encanto da noite é garantido com muito Belchior e Alceu Valença no repertório. Depois da banda, sempre rola CD da Marisa Monte ou similar. O bar não dispõe de televisão. Por incrível que pareça parte da equipe do Drink acha essencial a existencia da televisão em bares. O que escreve é contra.

Pra paquerar: é ótimo pra quem curte bicho de orelha. Parte do Drink curte. Parte não.

Dica: chega cedo, pega na mancha e vai pro Marcão das Ostras. Antes de chegar, passar no caixa eletrônico, o bar não aceita cartão.

Toca do Plácido fica na Rua Fiscal Vieira com Castro Alves, s/n. Joaquim Távora.

By Sônia Pinheiro